Bates Motel

Oi pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim!

Hoje, depois de um bom tempo, venho trazer uma série! Sim, eu e o Léo – graças a Deus – arrumamos um novo seriado pra assistir!

Já faz um tempinho que a acompanhamos e já escrevi essa introdução um milhão de vezes, mas no fim das contas decidi esperar finalizarmos a 4ª temporada para resenhá-la para vocês.

Agora teremos que aguardar sua volta em 2017 e já estamos sofrendo novamente. 

Mas enfim, chega de blablablá e vamos ao que interessa.

• Criado por: Carlton Cuse (Lost, The Returned, The Strain), Anthony Cipriano e Kerry Ehrin (Friday Night Lights). 
• Ano de lançamento: 2013. 
• Com: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot e mais. 
• País: EUA. 
• Gênero: Drama, policial, suspense. 
• Status: Em produção. 
• Duração: 42 minutos. 

"Bates Motel é uma série americana de 2013, exibida pelo canal A&E (no Brasil pela Universal Channel e, brevemente, pela Record) e que está atualmente em sua quarta temporada e já foi renovada para a quinta. Foi criada por Carlton Cuse (Lost, The Returned, The Strain), Anthony Cipriano e Kerry Ehrin (Friday Night Lights).

A série serve como uma espécie de prólogo para a história do filme Psicose, de 1960, dirigido por Alfred Hitchcock (Pássaros, Janela Indiscreta) e baseado no livro de Robert Bloch. Ela segue as vidas de Norman Bates (Freddie Highmore, de A Fantástica Fábrica de Chocolates) e sua mãe Norma (Vera Farmiga, de Invocação do Mal), que acabaram de se mudar para a cidade fictícia de White Pine Bay, no Oregon, para recomeçar suas vidas (Uma réplica do cenário original do Motel do filme original foi construída nas locações de filmagem da série). Cada temporada possui 10 episódios de aproximadamente 50 minutos cada."

Nosso primeiro contato com a série foi através da indicação de uma colega de trabalho do Léo, entretanto não demos nenhuma atenção porque nos interessamos mais por American Horror Story (estou devendo a resenha e a farei) na época.

Porém só assistimos AHS até a terceira temporada e desde o fim da 6ª temporada The Walking Dead (a 7ª só estreia em outubro) procuramos um seriado para assistir... Sem sucesso.

Há pouco mais de um mês meu pai me falou que estava assistindo Bates Motel e eu perguntei qual era o tema da série e o que ele estava achando. Não lembro exatamente quais foram as palavras dele, mas ele finalizou com: “é meio confusa, mas é muito boa”. Isso foi suficiente para me fazer ter vontade de assistir.

E foi aí que o Léo me lembrou que a colega dele já havia indicado e não se animou muito, mas consegui convencê-lo a assistir comigo. "Pelo menos o piloto, amor!" "Tá bom." E a série conseguiu, de cara, nos prender.

O que mais me chamou atenção – desde o primeiro episódio – é que não existe encheção de linguiça nesse seriado. Todos os diálogos e cenas são cruciais e talvez seja por isso que cada temporada tenha apenas 10 episódios.

No piloto nós vemos a Norma (Vera Farmiga) e o Norman (Freddie Highmore) chegando na cidade ao terem comprado um motel de beira de estrada 6 meses após a trágica – e confusa – morte do pai de Norman. A intenção deles é recomeçar, mas de imediato uma série de coisas ruins (não se trata de nada sobrenatural) começa a acontecer.

Com o desenrolar dos episódios a estranheza da relação entre Norman e Norma se torna cada vez mais evidente. Confesso que em certos momentos fiquei receosa e tensa com a possibilidade de incesto, pois pararia de assistir imediatamente... Porém – GRAÇAS AO MEU BOM DEUS – não houve.

É complicado entender, aceitar e impossível concordar com certas atitudes (especialmente da Norma), mas a explicação que encontrei para tudo isso após assistir as 4 temporadas é que a Norma – que é o desastre em pessoa – em vez de proteger o filho e ajudá-lo a superar os traumas que eles viveram juntos, simplesmente o prendeu no meio de toda a merda e o afundou junto com ela. E, se já não bastasse, sempre que ele tentava sair ela o puxava novamente. "Somos a mesma pessoa", "pertencemos um ao outro"... Crescer ouvindo isso e presenciando tudo o que ele presenciou não poderia resultar em algo bom, ainda mais com o bônus de ter uma mãe completamente desajustada. #Desabafo. Não há spoiler, assistam a série se quiserem entender e formar sua própria opinião/teoria.

O elenco varia de acordo com as temporadas e desdobramento das histórias. Absolutamente nenhum ator – desde o que faz uma simples aparição até o Freddie – decepciona, mas os estrelares (na minha opinião e na opinião da maioria) e principais estão na foto acima.

Vera Farmiga dá vida à Norma Bates com maestria. Uma das minhas atrizes preferidas é a Jessica Lange e a Vera é tão boa quanto ela.

Personagem:

"Norma Louise Bates é mãe resistente, bonita e mercurial de seu filho de dezessete anos de idade, Norman Bates. Ela é emocionalmente complexa e, como uma mãe solteira, totalmente dedicada a seu filho. Norma constantemente manipula suas próprias necessidades e ao mesmo tempo tenta criar um novo lar em uma cidade nova para ela e para Norman."

Comentário: 

Minha relação com a personagem é de amor e ódio. Tentei não julgá-la, compreendê-la, mas no começo é impossível. Ela é extremamente mentirosa e egoísta.

É lógico que suas origens justificam sua personalidade e no decorrer das temporadas temos acesso à toda sua história de vida, porém apesar de explicar, não justifica.

Algumas atitudes dela, inclusive, me fizeram refletir muito sobre a minha própria postura e pude tirar boas lições. Muitas das vezes complicamos o simples e o tornamos mais doloroso e complicado do que aguentamos. Optar pelo correto e seguro é sempre a melhor escolha e eu pensei que ela tivesse aprendido isso. Salvo engano.

Apesar dos pesares torci muito pela sua felicidade, porém colhemos o que plantamos... É a lei do universo.

Freddie Highmore assumiu uma baita responsabilidade ao aceitar interpretar um personagem tão clássico e o representa brilhantemente. Chega a ser assustador.

Personagem:

"Norman vivia com seus pais no Arizona e um dia encontrou seu pai, Sam Bates, morto na garagem. Seis meses após o ocorrido se mudou para White Pine Bay (Oregon) junto com sua mãe, Norma Bates. 

Norman tem alucinações por sofrer psicose e apresenta um possível transtorno de múltipla personalidade, onde assume uma personalidade psicopata fazendo coisas que não faria normalmente e não se lembrando de as ter feito."

Comentário:

Às vezes fico com raiva do Norman, confesso. Nessa última temporada então... Mas é impossível não sentir pena. É até meio perturbador acompanhar toda a sua degradação.

Ele tenta lutar contra essa obsessão, mas uma série de fatores (incluindo sua mãe) o empurra para um abismo sem volta. É tão triste que dói. Ter a perspectiva do protagonista torna o envolvimento involuntário.

Olivia Cooke é encantadora por si só, não havia atriz melhor para desempenhar o papel dessa maravilhosa personagem. 

Personagem:

"Emma tem fibrose cística, uma doença genética, e leva consigo um tanque de oxigênio por onde passa. Sua expectativa de vida é de 27 anos, mas ela está em uma lista de espera para um transplante de pulmão.

Emma vive com seu pai, Will, em cima de uma loja de antiguidades que ele é proprietário. Eles se mudaram para White Pine Bay a partir de Manchester, Reino Unido, depois que Will deixou seu emprego como professor para se concentrar em cuidar dela."

Comentário:

Desde o início eu e o Léo comentávamos a seguinte frase "A Emma é a única pessoa com problemas sérios (de vida ou morte) na série, a única que poderia viver de lamentações, a única que teria o direito de ser egoísta, mas é a única que não o faz. Muito pelo contrário, ela ajuda tudo e todos ao seu redor quando deveria ser ajudada." e isso define completamente a personagem. Exemplo de força e humanidade. Ela traz um pouco de equilíbrio à série.

Nestor Carbonell e seu delineador natural! Rs. Eu jurava que ele usava lápis de olho e recentemente descobri que não era a única. Pra mim ele é o galã da série e interpreta o Romero (herói de todas as horas) perfeitamente.

Personagem:

"Alex Romero é o xerife e centro "moral" de White Pine Bay . Imponente e exigente, se envolve na vida de Norma Bates após a morte de Keith Summers."

Comentário:

Pra quem me conhece não será nenhum pouco surpreendente saber que o Romero é o meu personagem preferido, né?! Rs. Não só pelo fato dele ser xerife, mas também por ser xerife de uma cidade entregue ao tráfico de drogas e – ainda assim – ser totalmente honesto.

Ele é um dos personagens que mais se desenvolve na série e isso é muito interessante pois acabamos o conhecendo por diversos ângulos. E, apesar de boa parte de sua história ser oculta e/ou contada por alto, acabamos o entendendo e ficando ao seu lado em basicamente todas as situações – já que a primeira impressão que temos dele não é das melhores.

Além de tudo ele é inteligentíssimo – foda pra caralho, em outras palavras – e traz um pouco de ação e mistério para o enredo. 

Max Thieriot me surpreendeu interpretando o Dylan. Quando olhamos pra ele já criamos um padrão de personagem de filme universitário americano, né? Comigo não foi diferente e acabei não apostando muito nele, mas felizmente me enganei.

Personagem:

"Dylan é o filho de Norma Bates, de seu primeiro casamento, e, portanto, o meio-irmão de Norman Bates. É um intruso na relação entre Norma e Norman. Uma alma perdida que se encontra à deriva de volta para as vidas atribuladas de sua mãe e irmão."

Comentário:

De todos os personagens, o Dylan é com quem eu mais me identifico. Ele foi rejeitado pela mãe por coisas que aconteceram no passado dela e de seu pai biológico, mesmo sem ter nada a ver com a história toda. Cresceu vendo seu irmão ter amor em excesso e não teve nada. Tinha tudo pra dar errado, chegou a cambalear algumas vezes, mas no fim seu caráter – que desenvolveu através de exemplos do que NÃO ser – prevaleceu.

Dylan amadurece muito no decorrer dos episódios, pois resolve – com muita dificuldade – seus conflitos internos e externos e se descobre como ser humano. É revitalizante.

E, como a série é um prólogo do filme, seria impossível falar de Bates Motel e não falar de Psicose. 

Pra quem não sabe, prólogo significa – dentro desse contexto – uma explicação que antecede um fato, ou seja, Bates Motel é uma série que explica o que aconteceu na infância/adolescência de Norman que o levou a ser da forma como o filme o retrata. 

A primeira vista pode parecer um pouco confuso pois o filme é antigo (1960) e retrata fatos atuais e a série que é nova (2013) retrata fatos antigos, mas fiquem tranquilos que isso não prejudica em nada a compreensão do enredo. 

Eu não havia assistido o filme e nem conhecia sua história, o vi após ter assistido algumas temporadas da série e fiquei sem chão, pois tinha esperanças de que o Norman ficaria bem e aquela família teria um final feliz.

Nunca havia visto nenhum filme clássico (velho) e fiquei surpresa por ter gostado – apesar de ter ficado levemente perturbada. A produção é incrível pra época, o jogo de câmeras, a edição, as falas... Não se tornou um filme atemporal à toa.

A história é bem pesada, mexe com o seu psicológico e te apavora. Pra quem gosta do gênero e não é sensível é um filme perfeito. Vou deixar a sinopse abaixo para vocês.

"Marion Crane é uma secretária (Janet Leigh) que rouba 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha para se casar e começar uma nova vida. Durante a fuga à carro, ela enfrenta uma forte tempestade, erra o caminho e chega em um velho hotel. O estabelecimento é administrado por um sujeito atencioso chamado Norman Bates (Anthony Perkins), que nutre um forte respeito e temor por sua mãe. Marion decide passar a noite no local, sem saber o perigo que a cerca." 

O que torna tudo ainda mais interessante nesse looping série/filme é que o filme não nos mostra o ponto de vista de Norman sobre os fatos, já a série é totalmente o inverso.

A quinta temporada foi anunciada como a última e estreará em 2017, mas ainda não tem data definida. Diferente das anteriores, ela adaptará o filme em vez de antecedê-lo.

Estou muito ansiosa para saber como eles desdobrarão um filme de menos de 2h em 10 episódios de 43min, mas mais do que isso: quero saber o destino de cada um dos personagens.

Não há muitas notícias sobre o assunto, mas a maior novidade é que a protagonista de psicose, Marion Crane, será interpretada por Rihanna na série. A escolha dividiu opiniões e eu estou no time dos que não ficaram muito satisfeitos, mas espero ser novamente surpreendida.

E é isso, pessoal! Acho que me estendi demais, né? Foi o amor pela série! Huahuahuahua.

Já assistiram o seriado e/ou o filme? Se sim, gostaram/gostam? Se não, ficaram curiosos? Me contem tudo nos comentários!

Ps.: ADORAREI conversar sobre, viu? Ainda não encontrei nenhum fã pra fazer isso – além do Léo.

Até a próxima! <3